quinta-feira, 13 de junho de 2013

Música: Um pouco de história


Música é a combinação de ritmo, harmonia e melodia, de maneira agradável ao ouvido. No sentido amplo é a organização temporal de sons e silêncios (pausas). No sentido restrito, é a arte de coordenar e transmitir efeitos sonoros, harmoniosos e esteticamente válidos, podendo ser transmitida através da voz ou de instrumentos musicais.
A música é uma manifestação artística e cultural de um povo, em determinada época ou região. A música é um veículo usado para expressar os sentimentos.
Os sons produzem uma sensação física em nós.
Escutar é ser capaz de ir além de o simples ouvir, é captar o sentido dos sons, perceber e compreender sua estrutura, sua forma, seu sentido, é prestar atenção e estar interessado naquilo que está ouvindo. E quanto maior o conhecimento de sons e de música, maior será nossa compreensão.


Pré-História

 A palavra música, do grego mousikê, que quer dizer “arte das musas”, é uma referência à mitologia grega e sua origem não é clara. Muitos acreditam que a música já existia na pré-história e se apresentava com um caráter religioso, ritualístico em agradecimento aos deuses ou como forma de pedidos pela proteção, boa caça, entre outros. Se pensarmos que a dança aparece em pinturas rudimentares da pré-história não é difícil acreditar que a música também fazia parte dessas organizações. Nessa época podemos imaginar que muitos sons produzidos provinham, principalmente, dos movimentos corporais e sons da natureza e, assim como nas artes visuais e na dança, a música começou a ser aprimorada utilizando-se de objetos dos mais diversos. Ainda para refletirmos sobre o assunto e reforçar a teoria sobre a música na pré-história basta lembrarmos-nos da existência de tribos indígenas que mantêm total isolamento das sociedades organizadas e vivem ainda de forma rudimentar (paradas em um período da pré-história) e que possuem rituais envolvendo a música, utilizando a percussão corporal, a voz e objetos primários, básicos desenvolvidos para esse fim.


Antiguidade
Muitos historiadores apontam à música na antiguidade impregnada de sentido ritualístico e como instrumento mais utilizado a voz, pois por meio dela se dava a comunicação e nessa época o sentido da música era esse, comunicar-se com os deuses e com o povo. Observamos que, na Grécia, a música funcionava como uma forma de estarem mais próximos das divindades, um caminho para a perfeição. Nessa época, a música era incorporada à dança e ao teatro, formando uma totalidade, e ao som da lira eram recitados poemas. As tragédias gregas encenadas eram inteiramente cantadas acompanhadas da lira, da cítara e de instrumentos de sopro denominados aulos. Um destaque importante na antiguidade foi Pitágoras, um grande filósofo grego que descobriu as notas e os intervalos musicais.
Já em Roma a música foi influenciada pela música grega, pelos etruscos e pela música ocidental. Os romanos utilizavam a música na guerra para sinalizar ações dos soldados e tropas e também para cantar hinos às vitórias conquistadas, também possuía um papel fundamental na religião e em rituais sagrados, assim como no Egito, onde os egípcios acreditavam na “origem divina” da música, que estava relacionada a culto aos deuses. Geralmente os instrumentos eram tocados por mulheres (chamadas sacerdotisas). Os chineses, além de usarem a música em eventos religiosos e civis tiveram uma percepção mais apurada da música e de como esse refletia sobre o povo chegando a usar a música como “identidade” ou forma de “personalizar” momentos históricos e seus imperadores.

 


Idade Média
Na Idade das Trevas ou Idade Média a Igreja tinha forte influência sobre os costumes e culturas dos povos em toda a Europa. Muitas restrições eram impostas e, por essa razão, observamos o predomínio do canto gregoriano ou cantochão, porém houve um grande desenvolvimento da música mesmo com o direcionamento da igreja nas produções culturais e nessa fase a música popular também merece destaque com o surgimento dos trovadores e menestréis. É importante citar, na Idade Média, Guido d’Arezzo, um monge católico que “criou a pauta de cinco linhas, na qual definiu as alturas das notas e o nome de cada uma (…). Nasciam, assim, os nomes das notas musicais que conhecemos: dó, ré, mi, fá, sol, lá e si.”


Renascimento
Nesse período, na Europa, cresce o interesse pela música profana (que não era religiosa). A música também é trabalhada em várias melodias, porém ainda as melhores composições musicais dessa época foram feitas para as igrejas.


Barroco
A música barroca foi assim designada para delimitar o período da história da música que vai do aparecimento da ópera e do oratório até a morte do compositor, maestro e instrumentista Johann Sebastian Bach. A música barroca foi muito fértil contendo elaborações, brilhantismo e imponência não vistos anteriormente na história da música, fato esse, talvez, devido à oposição aos modos gregorianos até então vigentes. A criação aflorou no período barroco e diversos gêneros musicais foram criados.



Classicismo
Nesse período, a música instrumental passa a ter maior destaque, adquirindo “porte”, elegância e sofisticação. São sons suaves e equilibrados. Nesse período criou-se, ainda, a sonata, e os espetáculos de ópera passam a ter um brilho maior, bem como as orquestras se desenham e passam a ter grande relevância.



Romantismo
Diferente da música no classicismo, que buscava o equilíbrio, no romantismo a música buscava uma liberdade maior da estrutura clássica e uma expressão mais densa e viva, carregada de emoções e sentimentos. Os músicos, nessa fase, se libertam e visa, por meio da música, exprimir toda sua alma.



Música no século XX
Podemos dizer que, esse período, para a música, foi uma verdadeira Revolução. O entusiasmo foi grande, inovações, criações, novidades, tendências, gêneros musicais apareceram. Foi um período rico para a música, impulsionado pela rádio, e pelo surgimento de tecnologias para gravar, reproduzir e distribuir essa arte.
No início do século XX, o interesse por novos sons fez os compositores incorporarem uma grande quantidade de instrumentos e objetos sonoros à música. Compositores como Leroy Andersen, que compôs uma obra para máquina de escrever e orquestra, Hermeto Pascoal que criou músicas com sons produzidos por garrafas, ferramentas, conversas e grunhidos de porcos e Ottorino Respighi, que escreveu uma obra para orquestra e rouxinol intitulada “Pinheiros de Roma”.
Todos os sons podem ser aproveitados em música, pois oferecem muitas possibilidades de enriquecer uma composição.



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